A
psicóloga e assistente social, Carolina Ribeiro, que mora em
Goiânia, já trabalhou com deficientes visuais para a contratação
em empresas e acredita que para o senso comum, a deficiência visual
é percebida como incapacidade x limite. “Na nossa cultura,
qualquer tipo de deficiência é interpretada dessa forma, como se o
outro não pudesse produzir ou ter a própria vida. A confirmação
disso é que a acessibilidade em nosso país é muito limitada ou
quase não existe”, explica. Ela ainda relatou que pelas suas
experiências e viagens, o Brasil, de um modo geral teria nota quatro
em acessibilidade, pois o país falha muito nessa área.
Carolina
ainda conta que mesmo na própria família, muitas vezes, há
preconceito, onde o próprio portador tenta provar o tempo todo que
consegue dar um passo em seus afazeres, sem ter alguma supervisão
direta.
Outra
questão abordada foi sobre os tipos de deficiências. Algumas
pessoas já nascem cegas, outras perdem a visão com o tempo, ou
devido a algum acidente ficam cegas de repente. “Cada pessoa tem
sua individualidade e contextualizar, de forma geral, como as pessoas
aceitam isso é complicado ou impossível, mas o fato é que qualquer
pessoa que passa por isso, principalmente, se for de repente, num
acidente, por exemplo, não deixa de vivenciar um conflito e
sofrimento. Alguns passam por isso com menos dor, outros elaboram
melhor e seguem. Em muitos casos, é necessário o acompanhamento de
um psicólogo para o deficiente e sua família”, afirma.
Muitas
pessoas têm curiosidade para saber se quem nasce cego, tem mais
facilidade em aceitar e se adaptar. Segundo Carolina, as pessoas que
já nascem cegas desenvolvem um comportamento aprendido. “Se ela
não aprendeu a enxergar, não vai se cobrar por isso e irá se
adaptar a todas as dificuldades sem a visão, como se fosse algo
natural do seu contexto”, relata.
Independentemente
do tipo de deficiência, seja ela visual ou não uma dica importante
para as pessoas é pensar que a pessoa com deficiência não é
incapaz ou sem condições. “Delegue afazeres e acredite que ele é
capaz de conseguir”, afirma Carolina.
Dicas
para os deficientes visuais:
-
Não limitar-se
-
Ir além
-
Desafiar-se
-
Buscar seus sonhos
-
Escrever sua história
Texto: Carina Catuzzo
Texto: Carina Catuzzo
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