Rita
de Cássia, 44 anos, conta suas dificuldades em ser deficiente
visual, como se locomove pela UCS e o que o PIMA lhe ajudou nessa
nova caminhada de sua vida.
Ela
sempre quis ser professora, porém a pedagogia também lhe encantava
desde pequena. Mas a perda de visão a 20 anos atrás, levou seu
sonho para mais longe, pensou que o mundo iria desabar. Com a perda
de cem por cento da visão do olho esquerdo, ela pensou que nunca
voltaria a uma sala de aula, mas sua força de vontade prevaleceu e
agora já está no terceiro semestre de Letras, e muito feliz com
seus resultados.
Com
o passar do tempo, com as adequações e com a sociedade mais aberta,
tudo ficou mais fácil. O PIMA lhe possibilitou realizar seu sonho,
como ela chama os funcionários de 'meus anjos', pois a ajudam com
material ampliado, na parte de informática para trabalhos acadêmicos
e na parte humana, que, segundo ela, reina no Programa.
Portadora
de 28 graus no olho direito, ela teve catarata no mesmo olho, assim
tendo que operar. Rita assinala sobre a falta de corrimão e de
sinalização nas escadas, que acaba dificultado sua locomoção pelo
campus. Por não ser portadora da falta de 100% da visão, a faixa
amarela nos degraus iria lhe auxiliar.
Sua
família lhe ajudou bastante, com o incentivo da irmã, dos filhos e
de seu marido ela realizou a prova do ENEM, em primeiro momento fez
vestibular para Pedagogia e passou em sétimo lugar, mas sua bolsa de
estudos seria para Letras. Rita pensou em começar e depois trocar
para Pedagogia, mas sua paixão pela profissão foi tanta, que não
mudou de curso.
Pessoas
como Rita de Cássia, para quem a superação é maior que as
dificuldades apresentadas pelo mundo, seguem em frente. Nos dias de
hoje, com a acessibilidade disponível, a falta de visão não é
empecilho para quem quer crescer como pessoa e profissional.
Texto: Franciele Mesari.
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