quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Sonho de infância

 Rita de Cássia, 44 anos, conta suas dificuldades em ser deficiente visual, como se locomove pela UCS e o que o PIMA lhe ajudou nessa nova caminhada de sua vida.
Ela sempre quis ser professora, porém a pedagogia também lhe encantava desde pequena. Mas a perda de visão a 20 anos atrás, levou seu sonho para mais longe, pensou que o mundo iria desabar. Com a perda de cem por cento da visão do olho esquerdo, ela pensou que nunca voltaria a uma sala de aula, mas sua força de vontade prevaleceu e agora já está no terceiro semestre de Letras, e muito feliz com seus resultados.
Com o passar do tempo, com as adequações e com a sociedade mais aberta, tudo ficou mais fácil. O PIMA lhe possibilitou realizar seu sonho, como ela chama os funcionários de 'meus anjos', pois a ajudam com material ampliado, na parte de informática para trabalhos acadêmicos e na parte humana, que, segundo ela, reina no Programa.
Portadora de 28 graus no olho direito, ela teve catarata no mesmo olho, assim tendo que operar. Rita assinala sobre a falta de corrimão e de sinalização nas escadas, que acaba dificultado sua locomoção pelo campus. Por não ser portadora da falta de 100% da visão, a faixa amarela nos degraus iria lhe auxiliar.
Sua família lhe ajudou bastante, com o incentivo da irmã, dos filhos e de seu marido ela realizou a prova do ENEM, em primeiro momento fez vestibular para Pedagogia e passou em sétimo lugar, mas sua bolsa de estudos seria para Letras. Rita pensou em começar e depois trocar para Pedagogia, mas sua paixão pela profissão foi tanta, que não mudou de curso.
Pessoas como Rita de Cássia, para quem a superação é maior que as dificuldades apresentadas pelo mundo, seguem em frente. Nos dias de hoje, com a acessibilidade disponível, a falta de visão não é empecilho para quem quer crescer como pessoa e profissional.

Texto: Franciele Mesari.

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