Lucas
Borba tem 23 anos, é estudante de jornalismo e nasceu com vestígio
de cegueira. Até os 2 anos enxergava algumas cores, no entanto, em
função de um glaucoma e complicações de cirurgias, com 12 anos
ele ficou totalmente cego. Mas a deficiência visual não o
restringiu de seguir em frente. Ele cursa o 8º semestre da graduação
em Jornalismo e conta que escolheu o curso ainda no Ensino Médio, em
função do gosto e prazer de escrever. Lucas estudou a vida toda em
escola de educação regular e frequenta a faculdade sem
dificuldades.
O
jovem universitário é proativo. Ele vai para a aula sozinho, pega
transporte público e pede auxílio somente na hora de atravessar
ruas movimentadas ou para pedir informações sobre a linha do ônibus
na qual deseja embarcar. Às vezes, o que pode acontecer, é que os
deficientes não sintam a presença de outras pessoas no local,
então, oferecer ajuda para o deficiente não é ofensivo. Muito pelo
contrário, eles agradecem e se, naquele momento não precisarem de
ajuda, eles agradecem da mesma maneira.
O
próprio PIMA oferece material gráfico de como é a melhor forma de
ajudar o deficiente visual, mas Lucas já adianta que o melhor é
deixar o deficiente se apoiar no cotovelo e estar um passo à frente
para demarcar o caminho. Se o deficiente tiver alguma ponderação,
ele avisará.
Lucas
também conta que o convívio e o bom relacionamento com os colegas
sempre o ajuda. Ele fez grandes amizades nos anos de faculdade e diz
que os colegas e professores sempre procuram inclui-lo em todo
processo de aprendizagem.
Cinema é a paixão de Lucas. Depois de se formar em Jornalismo, ele pretende se especializar na sétima arte e trabalhar nessa parte mais cultural do Jornalismo. Atualmente, ele escreve para um site de críticas de cinema chamado Plano Crítico.
Cinema é a paixão de Lucas. Depois de se formar em Jornalismo, ele pretende se especializar na sétima arte e trabalhar nessa parte mais cultural do Jornalismo. Atualmente, ele escreve para um site de críticas de cinema chamado Plano Crítico.
O
maior contra-tempo para o jovem é a acessibilidade. Ele sente
dificuldades em se deslocar de um bloco para o outro, pois as
referências são muito importantes para a localização.
E
para quem tem as mesmas limitações que Lucas, a dica é passar as
informações para as outras pessoas. “A dificuldade e
acessibilidade não é somente física, mas também na recepção das
pessoas, na inclusão social,” relata o universitário. Lucas é o
exemplo ativo de como a força de vontade supera qualquer desafio do
destino.
Texto: Camila Valentini.
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